sexta-feira, 15 de abril de 2011

INDIGNAÇÃO TOTAL 2

Como Pedagoga, Graduanada em LETRAS e Epecialista em Língua Portuguesa e Psicopedagogia Institucional e Pós-Graduanda em Coordenação Pedagógica e Planejamento e aprovada no último concurso da Gestão do prefeito Leonardo Coelho de Brito da cidade de Alcobaça no 12º lugar de 23º vagas abertas, percebo um abandono na educação alcobacense.
A escola CEA, onde ministro aulas de Português para duas turmas de 6º ano e uma de 9º ano com muita dificuldade, a escola conta com duas coordenadoras com horário flexiveis, não para a escola, não dão suporte no planejamento, se quer sugere uma ideia para tentarmos solucionar os graves problemas da escola:
  1. Baixo rendimento na aprendizagem;
  2. Agressividade no espaço escolar;
  3. Indisciplina;
  4. Violência de estranho que invade o espaço escolar pelo muro, baixo demais, portões quebrados e falta de policiamento na proximidade da escola;
  5. Bullyng;
  6. Ambiente inadequado para o trabalho( sala pichadas, sujas e sem ventilação).
Então para quê elegemos uma direção que , infelizmente, não tem autonomia, tudo que pretende fazer é barrado pela SEMECE e PREFEITURA. Enquanto professora só lamento, mas como mãe convido a vocês leitores e seguidores deste blog a uma campanha para a melhoria do CEA.
Não podemos trabalhar frente a tantas falhas, vocês que são mães, responsáveis e pais junte se a mim nessa luta por uma educação melhor e segurança e a seus filhos.
Divulgue essa inquietação para seus amigos, forneça o endereço do BLOG ou poste no seu ORKUT essa idgnação.
Não pense que o que aconteceu na escola de REALENGO, está longe de acontecer aqui, já tivemos alunos prometendo fazer a mesma coisa se as notas da I unidade não forem a contento. Você quer seu filho vivo ou morto? Então comece a agir o mais rápido possível.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Intertextualidade: fator de relevância na compreensão do texto

A intertextualidade é muito importante e é um requisito indispensável ao funcionamento discursivo, ou seja, sintonizaro texto com as várias interpretações.
Tal definição leva o aluno à melhora de sua capacidade de recepção de textos, proporcionando uma nova perspectiva de leitura que o leve a observar o texto como um conjunto estruturado de pistas, a ser interpretado como um todo coerente. A intertextualidade favorecer o processo ensino-aprendizagemda língua materna, a nossa Língua Portuguesa.
Estamos falando sobre intertextualidade e a definição de texto não foi abordada. Então, o que é texto? Com certeza, o texto portador de todo o seu sentido, é absorção e transformação de outro texto e a intertextualidade se fixa na transformação e assimilação de vários textos.
Segundo Kristeva, “a intertextualidade introduz um novo modo de leitura: a leitura intertextual”. Isso mostra que cada referência intertextual compreende uma alternativa da leitura do texto.
Não tem como evitar o pensamento de que a formação do aluno leitor é uma etapa necessária para a formação do aluno produtor de textos. Então, devemos, como professores de português incentivar o gosto pela leitura e estimular a produção escrita, por meio de diferentes textos: crônica, romance, conto. O que não se pode esquecer é da intertextualidade na compreensão de um texto.
Formar um leitor capaz de ler qualquer tipo de texto é transformar um aluno em sujeito com possibilidades de superar seus limites, conduzindo-o à reflexão sobre a realidade na qual ele se insere.
Portanto, tornar-se leitor não significa que o mesmo é um escritor. A primeira serve apenas de base e estímulo para que o aluno exercite o raciocínio para posterior produção de texto.

PLANO DE AULA III

Disciplina: Língua Portuguesa
Turma: 1ª série
Objetivos gerais: identificar em qual estágio de desenvolvimento da escritaos alunos se encontram.
Levar os alunos a perceberem que a escrita é a representação da fala através de uma história contada pelo professor.
Objetivos específicos: trabalhar os estágios do desenvolvimento da escrita com os alunos.
Conteúdos: correspondência entre oralidade/escrita; silabação.
Desenvolvimento metodológico: a aula é iniciada com a narração de uma viagem a outro planeta. Será dito aos alunos que os habitantes do planeta visitado só entendem a linguagem oral dos humanos se for acompanhada de palmas e a linguagem escrita se representada por bolinhas.
Assim, o professor deverá dizer o seu nome e, para cada sílaba, bater palmas uma vez.
Cada um dos alunos fará o mesmo, com seus respectivos nomes.
Posteriormente, o professor dirá aos alunos que os habitantes do planeta desejam conhecer o planeta Terra. Pousaram a nave perto de um campo de futebol e querem saber o nome do jogo, pedindo aos humanos que escrevam (usando bolinhas). E, finalmente, os alunos devem fazer o desenho docampo de futebol.
Continuando a história, os habitantes do planeta querem saber o nome daquilo redondo que as pessoas correm atrás. É a bola, também escrita através de bolinhas.
Finalmente, as pessoas se assustam com uma cobra no meio do campo de futebol e os alunos devem escrever a palavra COBRA. Depois, os habitantesdo planeta são convidados para comer pão. E, lá vão os alunos a escreverem a palavra PÃO em bolinhas.
No final, os alunos devem fazer um desenho que ilustre toda a história.

PLANO DE AULA I

Disciplina: Língua Portuguesa
Turma: 3ª e 4ª séries
Objetivo geral: identificar as dificuldades apresentadas pelos alunos quanto à ortografia, concordância verbal e nominal, coerência e coesão de texto na produção de textos escritos.
Objetivos específicos: trabalhar com questões ortográficas, concordância, coerência e coesão textual e diferenciar a linguagem oral da linguagemescrita.
Conteúdos: ortografia; concordância verbal e nominal; pontuação; análise textual.
Desenvolvimento metodológico: para iniciar a aula, o professor deve se apresentar e pedir aos alunos que também se apresentem. Pode ser trabalhadaa ordem alfabética dos nomes.
O próximo passo é verificar o estágio da escrita dos alunos através de uma dinâmica de estimulação à produção escrita, sendo denominada “conversa por escrito”.
Esta técnica deve ser realizada em dupla, e a mesma conversa sobre o que quiser através da folha de papel.
Após os minutos estabelecidos, escolhe-se uma dupla e transcreve a conversa na lousa, e serão trabalhadas a ortografia, pontuação, concordância,coerência e coesão textual.
Pode ocorrer um possível desdobramento da atividade: escolher um texto para analisá-lo de forma estrutural ( regras gramaticais).
Avaliação: diagnóstica: durante a participação e atuação das atividades, assim como por meio de uma produção escrita.

PLANOS DE AULA

Em primeiro lugar, é preciso que os professores sintam e assumam a necessidade de transformar a realidade da escolasociedade e conceba o planejamento como um dos meios a serem utilizados para efetivar esta transformação.
É importante insistir que o trabalho de planejamento e a tarefa de prepará-lo, devem ser refletidos e avaliados por toda a equipe escolar.
O processo de planejamento, bem como seus desdobramentos em elaborar, vivenciar, acompanhar e avaliar planos é o próprio espaço da práticapedagógica do educador.
O papel do professor é fundamental, não só como informante ou programador de atividades e interferências, mas também como modelo de escritor/leitor. Ele deve ter em toda perspectiva de trabalho o desenvolvimentocompleto da capacidade linguística de seus alunos.
Algumas visualizações de como pensar o seu planejamento, na questão do conteúdo e forma:
• na 1ª. série ( alfabetização) pode ser assim estruturado, primeiramente as atividades de linguagem ( gestos, desenhos, cores, movimentos, sons) e atividades de reflexão, por exemplo a escrita como representação da falae as letras como representação dos fonemas.
• na 3ª série deve ser dada maior ênfase às atividades de linguagem, de produção e interpretação de textos orais e escritos.
• a 4ª série deve basear-se na leitura e interpretação de diversos tipos de textos e os recursos expressivos utilizados pelos autores. Deve trabalhartam bém com a apreciação crítica, o ponto de vista do autor.
Na 4ª série, como também na 5ª série, podem ser trabalhadas as várias possibilidades que a língua oferece como forma de construção, conforme os elementos que são considerados relevantes para o discurso e as perspectivas nas quais se deseja construir a oração. Não deixar de lado a flexão e a família de palavras - seu valor e significação.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

SÍNTESE DO TEXTO BRASIL- FILOSOFIA E EDUCAÇÃO: novas perspectivas

Por Zenaide Franco

Um país de homens livres precisa ter no seu entorno uma harmonia entre a educação e filosofia para que o povo não perca seus valores morais, éticos, políticos e sociais, e não venham ser escravos da pequena elite burguesa que comanda esse mundo capitalista e excludente. A filosofia na educação é imprescindível para fazer com que o povo e reflita sobre sua vida, educação, direito e deveres e assim vir a lutar por seus direitos constitucionais.

O percebido no texto do Claudemiro é que a educação sozinha não é capaz de modificar o homem da camada popular e que ela juntamente com a filosofia possa despertar o homem para um pensamento crítico e reflexivo sobre a sua atuação no mundo em que vive.

No ano de 2003 Lula, um sindicalista assumiu a presidência do Brasil, o povo conhecia seu ser como a aula 01 explica que a filosofia é a amiga do sabedoria e sendo sábio você procura conhecer a essência do ser e Lula foi eleito para ser um presidente do povo, mas não foi bem assim governou mais para a elite burguesa, porque para os proletariados sobrou os planos fome zero, bolsa escola, família, vale gás, diga que esmola oferta pelo presidente “salvação”.

Após leitura das aulas de 01 a 48 e do texto Brasil - Filosofia e Educação: novas perspectivas foi possível perceber que a política educacional existente no país não atende a maioria da população, pois o ensino, ainda, é fragmentado deixando a população a mercê dos ditames da elite burguesa que só pensa na classe elitista, esquecendo que um país é formado por povos de cultura e de poder aquisitivo diferente.

De como se constitui a questão da produção de sentido

De como se constitui a questão da produção de sentido
Reflexões contemporâneas afirmam que a construção de sentidos, seja pela fala, escrita ou leitura, está diretamente relacionada às atividades discursivas e às práticas sociais às quais os sujeitos têm acesso ao longo de seu processo de socialização.
As atividades discursivas podem ser compreendidas como as ações de enunciação que representam o assunto que é objeto da interlocução e orientam a interação. A construção das atividades discursivas dá-se no espaço das práticas discursivas, ou seja, no âmbito de ações de um nível mais geral e orientadas socialmente. Essas ações são determinadas, de um lado, por práticas e maneiras de fazer sentido, do outro, por formas de tirar sentido da linguagem, de uma dada comunidade social.
O fato de que os alunos têm sido vistos com freqüência como aqueles que não sabem falar e escrever, ou ainda, que os professores estejam sendo tachados, também comumente, como profissionais que não conseguem levar seus alunos a conhecerem bem sua língua, remete já às diferenças nos estilos comunicativos. A diversidade de estilos, no entanto, tem sido vinculada à imagem da incapacidade que teriam professores e alunos.
A partir dessa maneira de encararmos a questão, a distinção entre o desenvolvimento do aluno como indivíduo letrado e seu processo de escolarização é explícita e fundamental.
Em outras palavras, estou propondo que enfatizemos as práticas discursivas de leitura e escrita como fenômenos sociais, que ultrapassam os limites da escola. Parto do princípio de que o trabalho realizado por meio da leitura e produção de textos, muito mais que decifração/transcrição de signos lingüísticos, é de construção de significação e atribuição de sentido mediante não apenas os elementos lingüísticos: essas são atividades culturais. Pressuponho, também, que a leitura e a escrita são atividades dialógicas, e que a imagem mútua dos interlocutores é um elemento crucial para os processos que se realizam na interlocução. Acredito ainda que os eventos ligados à escrita devem ser vistos como dinâmicos, e que, em decorrência da atribuição recíproca de imagens pelos interlocutores que aí se constituem, sejam eles reais ou virtuais, há a negociação ou não dos sentidos.
Estou adotando, tal como Kleiman (1993, p.3), a visão de que o processo de letramento é constituído por “práticas e eventos relacionados ao uso, função e impacto da escrita na sociedade”, segundo a qual a leitura e a escrita realizada pelos alunos é orientada não apenas pelo processo de escolarização, mas também pela experiência prévia e/ou exterior à escola.
Este ponto de vista, que demanda uma mudança de postura e acarreta muito trabalho, pode vir a reduzir alguns dos conflitos entre professores e alunos, entre a demanda social e a demanda escolar: ao menos porque a diferença não será vista como deficiência.
Adotar esse ponto de partida nos leva, também, a ampliar o espaço para o trabalho com leitura e escrita para além das aulas de português.
O foco de meu interesse aqui, como se vê, não é o processo de ensino e aprendizagem de palavra escrita em si, o aspecto técnico, mas a relação entre o conhecimento da palavra escrita e a escolarização. Neste sentido, é fundamental termos em mente que ensinar não é a mesma coisa que aprender, pois são processos diferentes, o primeiro dos quais permite uma avaliação explícita, porque é feito para o outro, o segundo realizado internamente, sem que se possa categorizar diretamente os processos pelos quais se dá.

Matencio, M de L. M. Leitura, produção de textos e a escola. Campinas: Mercado das Letras, 1994. p.17-19.

A EDUCAÇÃO ALCOBACENSE

A EDUCAÇÃO ALCOBACENSE x DESCASO

Na primeira etapa do ensino fundamental, os alunos são "anjinhos" respeitadores, todavia ao atingirem a segunda etapa do mesmo ensino tudo se transforma.
Muitos desses"anjinhos" chegam ao ensino fundamental II, 6º sem o domínio da leitura e com um domínio ortográfico precário. De quem é a culpa?
1ª resposta a mais óbvia, são os professores que não sabem ministrar aulas.
2ª resposta a mais aceitável a Secretaria Municipal de Educação não investe em formação continuada.
3ª resposta, talvez a correta: os alunos são lançados na escola com uma bagagem cultural fraca e saem de lá mais fracos devido a tantas exigências e programas superflúo que a SEMECE envia sem o devido preparo dos " ditos" coordenadores de curso.
A educação em Alcobaça é o retrato do descaso, temos de tudo um pouco, direção inapta, professores irresponsáveis, escolas sem coordenadores, porque o munícipio abriu vagas mais não convoca os aprovados por questões política, como é sabido. [ povo educado é difícil de ser manipulado.
Na segunda etapa do ensino fundamental II é encontrado alunos leigos em geral, não sabem grafar o próprio nome. As classes gramaticais jamais lhes foram ensinados, fonologia, morfologia, sintaxe( que bicho é esse?), acredide esse é o retrato da educação alcobacense.
No Colégio Estadua Eraldo Tinoco o aprendizado não é diferente, principalmente, com os redas no qual os selecionados são uma lastimas, os alunos além de não teverem acesso a uma educação condizente com o esperado, tem mais aulas vagas do quê o esperado, é contado o dia em que os alunos tem cinco(5) alunas consecutivas.
A educação de Alcobaça éprecária nao porque os professores não detem conhecimento, mas porque assim deseja hierarquia: ilguém sabe qual é o nível de instrução do PREFEITO, VEREADORES,SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO E SUAS COORDENADORAS? Eu sei, mais você caro leitor já teve a curiosidade de saber.
As criança de ALCOBAÇA precisam de uma educação de QUALIDADE com professores atualizados, cabe a senhora secretaria de educação providenciar curso de formação continuada com oficina prática para fazer com que os professores"alienados", que não são todos , acordarem que são formadores de opinião e mediadores do conhecimento.
Zenaide Franco

KIMBERLIN E SUA AMIGA ANALICE NA ESCOLA.
EU NA CASA DE MINHA COMADRE CRISTIANE EM PRADO.
KEVIN, FRANCO E KIMBERLIN NO TORORÃO, FÉRIAS BOAS.
KIMBERLIN E SUA MÃE.
KEVIN E SUA MÃE.

A Concordância do Predicativo expresso por Adjetivo

O sujeito compostoconstituído por substantivos do mesmo gênero, o sujeito composto constituído de gêneros diferentes, o sujeito expresso por pronomes de tratamento (silepse), o objeto composto constituído por elementos do mesmo gênero, o objeto composto constituído por elementos de gêneros diferentes, a concordância do oposto com seutermo fundamental.
Regra geral:
O predicativo representado por um adjetivo deve concordar com seu sujeito em gênero e número.
• As árvores do parque estavam floridas.
Regras especiais:
1. Se o sujeito for composto, o predicativo anteposto irá para o plural ou concordará com o mais próximo.
• Eram extraordinários seu talento e sua competência.
• Era extraordinário seu talento e sua competência.
• Era extraordinária sua competência e seu talento.
2. Com sujeito composto, o predicativo posposto irá para o plural, ainda que os núcleos estejam no singular.
• A calça e a camisa estavam sujas.
3. Com sujeito composto de núcleos de diferentes gêneros, o predicativo irá para o masculino plural.
• A casa e o jardim eram lindos.
4. Quando o sujeito é representado por um pronome de tratamento, a concordância poderá ser com o sexo da pessoa a que se refere o pronome.Portanto, ocorre a chamada “ concordância ideológica” ou “silepse”.
• Sua Excelência ficou irritado com o atraso das obras. (autoridade do sexo masculino)
A concordância do aposto
O aposto é um termo de valor explicativo, que acompanha um substantivo ou pronome substantivo. Por isso mesmo, quando palavra variável, deverá concordar com o termo explicado.
• Cecília Meirelles, escritora de muita sensibilidade, pertence à corrente espiritualista da poesia brasileira.
• Bernardo Elis, escritor goiano, produz uma obra ligada a sua terra.

A Concordância Nominal

Nesta aula, iniciaremos o estudo de concordância nominal, abordando os assuntos: núcleos do mesmo gênero, núcleos de gêneros diferentes, núcleos formados por substantivos sinônimos, núcleos formados por substantivos por gradação e um núcleo com dois ou mais adjuntos no singular.
Para iniciarmos este assunto, temos, como regra geral, que o adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo a que ele se refere.
Vejam esses exemplos:
• livro novo: masculino singular
• bicicleta vermelha: feminino singular
• animais selvagens: masculino plural
• árvores velhas: feminino plural
Mas, não é só isso...
A Concordância nominal possui algumas regras especiais e nós vamos conhecê-las a partir de agora.
1. Se o adjetivo vier anteposto aos substantivos a que se refere, a concordância
com o mais próximo será obrigatória.
• Mantive o antigo lugar e hora para encontro.
2. Caso o adjetivo venha posposto a dois ou mais substantivos a que se refere:
a) substantivos do mesmo gênero, o adjetivo deverá ir, de preferência,
para o plural, adotando o gênero dos substantivos. A concordância com o
mais próximo também é permitida, embora seja menos usada.
• A sala tinha apenas uma mesa e uma cadeira velhas (velha).
b) substantivos de gêneros diferentes, o adjetivo poderá ir, indiferentemente, para o masculino plural ou concordar com o mais próximo.
• Estavam na porta um velho e uma criança pobres (ou pobre).
3. O adjetivo que se refere a substantivos sinônimos deverá concordar, de preferência, com o último.
• Ele estava tomado de uma coragem e ousadia heróica.
4. O mesmo ocorre com o adjetivo que acompanha substantivos em gradação.
Apenas para lembrar: gradação é uma figura de linguagem que consiste na apresentação de uma sequência de idéias.
• Começou a ser invadido por uma dúvida, um medo, um pavor enorme.
5. No caso em que apenas um substantivo é acompanhado de dois ou mais adjetivos, temos duas formas de efetuar concordância. A mais comum é colocar o substantivo no plural.
• As culturas inglesa e alemã.
• A cultura inglesa e alemã.

A PRÁTICA DE REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA NO PCN

Quando se pensa e se fala sobre a linguagem mesma, realiza-se uma atividade de natureza reflexiva, uma atividade de análise lingüística. Essa reflexão é fundamental para a expansão da capacidade de produzir e interpretar textos. É uma entre as muitas ações que alguém considerado letrado é capaz de realizar com a língua.
A análise lingüística refere-se a atividades que se pode classificar em epilingüísticas e metalingüísticas. Ambas são atividades de reflexão sobre a língua, mas se diferenciam nos seus fins. Nas atividades epilingüísticas a reflexão está voltada para o uso, no próprio interior da atividade lingüística em que se realiza. Um exemplo disso é quando, no meio de uma conversa um dos interlocutores pergunta ao outro “O que você quis dizer com isso?”, ou “Acho que essa palavra não é a mais adequada para dizer isso. Que tal...?”, ou ainda “Na falta de uma palavra melhor, então vai essa mesma”.

Se o objetivo principal do trabalho de análise e reflexão sobre a língua é imprimir maior qualidade ao uso da linguagem, as situações didáticas devem, principalmente nos primeiros ciclos,centrar-se na atividade epilingüística, na reflexão sobre a língua em situações de produção e interpretação, como caminho para tomar consciência e aprimorar o controle sobre a própria produção lingüística.

OS CONTEÚDOS DE LÍNGUA PORTUGUESA NO ENSINO FUNDAMENTAL
Caracterização geral e eixos organizadores.

O estabelecimento de eixos organizadores dos conteúdos de Língua Portuguesa no ensino fundamental parte do pressuposto que a língua se realiza no uso, nas práticas sociais; que os indivíduos se apropriam dos conteúdos, transformando-os em conhecimento próprio, por meio da ação sobre eles; que é importante que o indivíduo possa expandir sua capacidade de uso da língua e adquirir outras que não possui em situações lingüisticamente significativas, situações de uso de fato.
A linguagem verbal, atividade discursiva que é, tem como resultado textos orais ou escritos.
Textos que são produzidos para serem compreendidos. Os processos de produção e compreensão, por sua vez, se desdobram respectivamente em atividades de fala e escrita, leitura e escuta. Quando se afirma, portanto, que a finalidade do ensino de Língua Portuguesa é a expansão das possibilidades do uso da linguagem, assume-se que as capacidades a serem desenvolvidas estão relacionadas às quatro habilidades lingüísticas básicas: falar, escutar, ler e escrever.

Disso decorre que os conteúdos de Língua Portuguesa no ensino fundamental devam ser selecionados em função do desenvolvimento dessas habilidades e organizados em torno de dois eixos básicos: o uso da língua oral e escrita e a análise e reflexão sobre a língua, conforme demonstra o quadro dos blocos de conteúdo:
Língua oral: Língua escrita:

usos e formas usos e formas

Análise e reflexão sobre a língua

O bloco de conteúdos “Língua escrita: usos e formas” subdivide-se em “Prática de leitura” e “Prática de produção de texto”, que, por sua vez, se desdobra em “Aspectos discursivos” e “Aspectos notacionais”.

Os conteúdos são propostos neste documento, mas estão organizados em função do eixo USO è REFLEXÃO è USO. Aparecem, portanto, como “Prática de leitura”, “Prática de produção de texto” e “Análise e reflexão sobre a língua”.

Seqüência e organização dos conteúdos. A organização dos conteúdos de Língua Portuguesa em função do eixo USO è REFLEXÃO è USO pressupõe um tratamento cíclico, pois, de modo geral, os mesmos conteúdos aparecem ao longo de toda a escolaridade, variando apenas o grau de aprofundamento e sistematização. Para garantir esse tratamento cíclico é preciso seqüenciar os conteúdos segundo critérios que possibilitem a continuidade das aprendizagens. São eles:

• considerar os conhecimentos anteriores dos alunos em relação ao que se pretende ensinar, identificando até que ponto os conteúdos ensinados foram realmente aprendidos;
• considerar o nível de complexidade dos diferentes conteúdos como definidor do grau de autonomia possível aos alunos, na realização das atividades, nos diferentes ciclos;
• considerar o nível de aprofundamento possível de cada conteúdo, em função das possibilidades de compreensão dos alunos nos diferentes momentos do seu processo de aprendizagem.

É fundamental que esses critérios sejam utilizados de maneira articulada, de tal forma que, em cada escola, se possa organizar uma seqüência de conteúdos que favoreça a aprendizagem da melhor maneira possível. Portanto, este documento indica critérios, mas a sequenciação dos conteúdos de ensino dentro de cada ciclo é responsabilidade da escola.

CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DO TRATAMENTO DIDÁTICO DOS CONTEÚDOS
O critério de organização dos conteúdos de Língua Portuguesa em termos de USO è
REFLEXÃO è USO, de certa forma, define também o eixo didático, a linha geral de tratamento dos conteúdos. Caracteriza um movimento metodológico de AÇÃO è REFLEXÃO è AÇÃO, em que se pretende que, progressivamente, a reflexão se incorpore às atividades lingüísticas do aluno de tal forma que ele tenha capacidade de monitorá-las com eficácia.

LÍNGUA ORAL: USOS E FORMAS

Expressar-se oralmente é algo que requer confiança em si mesmo. Isso se conquista em ambientes favoráveis à manifestação do que se pensa, do que se sente, do que se é. Assim, o desenvolvimento da capacidade de expressão oral do aluno depende consideravelmente de a escola constituir-se num ambiente que respeite e acolha a vez e a voz, a diferença e a diversidade. Mas, sobretudo, depende de a escola ensinar-lhe os usos da língua adequados a diferentes situações comunicativas.

A produção oral pode acontecer nas mais diversas circunstâncias, dentro dos mais diversos projetos:

• atividades em grupo que envolvam o planejamento e realização de pesquisas e requeiram a definição de temas, a tomada de decisões sobre encaminhamentos, a divisão de tarefas, a apresentação de resultados;

• atividades de resolução de problemas que exijam estimativa de resultados possíveis, verbalização, comparação e confronto de procedimentos empregados;

• atividades de produção oral de planejamento de um texto, de elaboração propriamente e de análise de sua qualidade;

• atividades dos mais variados tipos, mas que tenham sempre sentido de comunicação de fato: exposição oral, sobre temas estudados apenas por quem expõe; descrição do funcionamento de aparelhos e equipamentos em situações onde isso se faça necessário; narração de acontecimentos e fatos conhecidos apenas por quem narra, etc. Esse tipo de tarefa requer preparação prévia, considerando o nível de conhecimento do interlocutor e, se feita em grupo, a coordenação da fala própria com a dos colegas — dois procedimentos complexos que raramente se aprendem sem ajuda.

A exposição oral ocorre tradicionalmente a partir da quinta série, por meio das chamadas apresentações de trabalho, cuja finalidade é a exposição de temas estudados.

LÍNGUA ESCRITA: USOS E FORMAS


Apesar de apresentadas como dois sub-blocos, é necessário que se compreenda que leitura e escrita são práticas complementares, fortemente relacionadas, que se modificam mutuamente no processo de letramento — a escrita transforma a fala (a constituição da “fala letrada”) e a fala influencia a escrita (o aparecimento de “traços da oralidade” nos textos escritos). São práticas que permitem ao aluno construir seu conhecimento sobre os diferentes gêneros, sobre os procedimentos mais adequados para lê-los e escrevê-los e sobre as circunstâncias de uso da escrita.

PRÁTICA DE LEITURA

PRÁTICA DE LEITURA

O trabalho com leitura tem como finalidade a formação de leitores competentes e,
consequentemente, a formação de escritores, pois a possibilidade de produzir textos eficazes tem sua origem na prática de leitura, espaço de construção da intertextualidade e fonte de referências modelizadoras. A leitura, por um lado, nos fornece a matéria-prima para a escrita: o que escrever.

POR OUTRO, CONTRIBUI PARA A CONSTITUIÇÃO DE MODELOS: COMO ESCREVER.

A leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de construção do significado do texto, a partir dos seus objetivos, do seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que sabe sobre a língua: características do gênero, do portador, do sistema de escrita, etc. Não se trata simplesmente de extrair informação da escrita, decodificando-a letra por letra, palavra por palavra. Trata-se de uma atividade que implica, necessariamente, compreensão na qual os sentidos começam a ser constituídos antes da leitura propriamente dita. Qualquer leitor experiente que conseguir analisar sua própria leitura constatará que a decodificação é apenas um dos procedimentos que utiliza quando lê: a leitura fluente envolve uma série de outras estratégias como seleção, antecipação, inferência e verificação, sem as quais não é possível rapidez e proficiência. É o uso desses procedimentos que permite controlar o que vai sendo lido, tomar decisões diante de dificuldades de compreensão, arriscar-se diante do desconhecido, buscar no texto a comprovação das suposições feitas, etc.

Um leitor competente é alguém que, por iniciativa própria, é capaz de selecionar, dentre os trechos que circulam socialmente, aqueles que podem atender a uma necessidade sua. Que consegue utilizar estratégias de leitura adequada para abordá-los de forma a atender a essa necessidade.

LEITURA DIÁRIA

O trabalho com leitura deve ser diário. Há inúmeras possibilidades para isso, pois a leitura
pode ser realizada:

• de forma silenciosa, individualmente;

• em voz alta (individualmente ou em grupo) quando fizer sentido dentro
da atividade;

• pela escuta de alguém que lê.

NO ENTANTO, ALGUNS CUIDADOS SÃO NECESSÁRIOS:

• toda proposta de leitura em voz alta precisa fazer sentido dentro da atividade na qual se insere e o aluno deve sempre poder ler o texto silenciosamente, com antecedência — uma ou várias vezes;

• nos casos em que há diferentes interpretações para um mesmo texto e faz-se necessário negociar o significado (validar interpretações), essa negociação precisa ser fruto da compreensão do grupo e produzir-se pela argumentação dos alunos. Ao professor cabe orientar a discussão, posicionando-se apenas quando necessário;
• ao propor atividades de leitura convém sempre explicitar os objetivos e preparar os alunos. É interessante, por exemplo, dar conhecimento do assunto previamente, fazer com que os alunos levantem hipóteses sobre o tema a partir do título, oferecer informações que situem a leitura, criar certo suspense quando for o caso, etc.;

• é necessário refletir com os alunos sobre as diferentes modalidades de leitura e os procedimentos que elas requerem do leitor. São coisas muito diferentes ler para se divertir, ler para escrever, ler para estudar, ler para descobrir o que deve ser feito, ler buscando identificar a intenção do escritor, ler para revisar. É completamente diferente ler em busca de significado, a leitura, de um modo geral, e ler em busca de inadequações e erros, a leitura para revisar. Esse é um procedimento especializado que precisa ser ensinado em todas as séries, variando apenas o grau de aprofundamento em função da capacidade dos alunos.

LEITURA COLABORATIVA

A leitura colaborativa é uma atividade em que o professor lê um texto com a classe e, durante a leitura, questiona os alunos sobre as pistas linguísticas que possibilitam a atribuição de determinados sentidos. Trata-se, portanto, de uma excelente estratégia didática para o trabalho de formação de leitores. É particularmente importante que os alunos envolvidos na atividade possam explicitar para os seus parceiros os procedimentos que utilizam para atribuir sentido ao texto: como e por quais pistas linguísticas lhes foi possível realizar tais ou quais inferências, antecipar determinados acontecimentos, validar antecipações feitas, etc. A possibilidade de interrogar o texto, a diferenciação entre realidade e ficção, a identificação de elementos discriminatórios e recursos persuasivos, a interpretação de sentido figurado, a inferência sobre a intencionalidade do autor, são alguns dos aspectos dos conteúdos relacionados à compreensão de textos, para os quais a leitura colaborativa tem muito a contribuir. A compreensão crítica depende em grande medida desses procedimentos.

PROJETOS DE LEITURA

A característica básica de um projeto é que ele tem um objetivo compartilhado por todos os envolvidos, que se expressa num produto final em função dos quais todos trabalham. Além disso, os projetos permitem dispor do tempo de uma forma flexível, pois o tempo tem o tamanho necessário para conquistar o objetivo: pode ser de alguns dias ou de alguns meses. Quando são de longa duração tem ainda a vantagem adicional de permitir o planejamento de suas etapas com os alunos.

São ocasiões em que eles podem tomar decisões sobre muitas questões: controlar o tempo, dividir e redimensionar as tarefas, avaliar os resultados em função do plano inicial, etc.

ATIVIDADES PERMANENTES DE LEITURA

São situações didáticas propostas com regularidade e voltadas para a formação de atitude favorável à leitura. Um exemplo desse tipo de atividade é a “Hora de...” (histórias, curiosidades científicas, notícias, etc.). Os alunos escolhem o que desejam ler, levam o material para casa por um tempo e se revezam para fazer a leitura em voz alta, na classe. Dependendo da extensão dos textos e do que demandam em termos de preparo, a atividade pode se realizar semanalmente ou quinzenalmente, por um ou mais alunos a cada vez. Quando for pertinente, pode incluir também uma breve caracterização da obra, do autor ou curiosidades sobre sua vida.

Outro exemplo é o que se pode chamar “Roda de Leitores”: periodicamente os alunos tomam emprestado um livro (do acervo de classe ou da biblioteca da escola) para ler em casa. No dia combinado, uma parte deles relata suas impressões, comenta o que gostou ou não, o que pensou,sugere outros títulos do mesmo autor ou conta uma pequena parte da história para “vender” o livro que o entusiasmou aos colegas.

LEITURA FEITA PELO PROFESSOR

Além das atividades de leitura realizadas pelos alunos e coordenadas pelo professor há as que podem ser realizadas basicamente pelo professor. É o caso da leitura compartilhada de livros em capítulos, que possibilita aos alunos o acesso a textos bastante longos (e às vezes difíceis) que, por sua qualidade e beleza, podem vir a encantá-los, ainda que nem sempre sejam capazes de lê-los sozinhos.

A leitura em voz alta feita pelo professor não é uma prática muito comum na escola. E,
quanto mais avançam as séries, mais incomum se torna, o que não deveria acontecer, pois, muitas vezes, são os alunos maiores que mais precisam de bons modelos de leitores.
Na escola, uma prática de leitura intensa é necessária por muitas razões. Ela pode:

• ampliar a visão de mundo e inserir o leitor na cultura letrada;

• estimular o desejo de outras leituras;

• possibilitar a vivência de emoções, o exercício da fantasia e da imaginação;

• permitir a compreensão do funcionamento comunicativo da escrita: escreve-se para ser lido;
• expandir o conhecimento a respeito da própria leitura;

• aproximar o leitor dos textos e os tornar familiares, condição para a leitura fluente e para a produção de textos;

• possibilitar produções orais, escritas e em outras linguagens;

• informar como escrever e sugerir sobre o que escrever;

• ensinar a estudar;

• possibilitar ao leitor compreender a relação que existe entre a fala e a escrita;

• favorecer a aquisição de velocidade na leitura;

• favorecer a estabilização de formas ortográficas.

Uma prática intensa de leitura na escola é, sobretudo, necessária, porque ler ensina a ler e a escrever.